HOJE! Comício na Cooperativa de Consumo Popular de Faro.
Sexta-Feira 24 de Fevereiro de 2012, em Faro Comício «Rejeitar o Pacto de Agressão», pelas 21h00, na COOPOFA - Cooperativa de Consumo Popular de Faro, C.R.L., na Rua Paralela - Dr Emílio J C Coroa, em Faro.
Participa e intervém Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP.
A precariedade é o nosso passado, não o nosso futuro!
Este é um vídeo do ano passado, mas emerge a sua premêmcia a cada dia que passa, pois a "Crise do Capital" alastra e afecta as populações deste país...
A alarmante situação olhanense de Desemprego é aqui exposta (retirado do blog da CDU- Olhão):
DESEMPREGO EM OLHÃO. O PIOR DESDE 1977
No mês de Dezembro de 2008 estavam registados em Olhão, 1635 desempregados (623 Homens e1012 mulheres). O maior número desde 1997. Sendo estes dados oficiais do Instituto de Emprego e sabendo nós que nem todos os desempregados se dirigem a esta instituição, ficamos com a ideia da gravidade do problema.
Estes dados são o reflexo de uma péssima política de emprego do PS em termos nacionais mas não ilibam a gestão socialista na Câmara de Olhão que pouco ou nada faz para evitar esta situação, metendo a “cabeça na areia” e fazendo que não sabe o que se passa (como no caso recente da Belaolhão quando interpelada na Assembleia Municipal pela CDU, quanto à iminência do encerramento da empresa) limitando-se quando do facto consumado a andar num frenesim aparecendo a dizer que anda procurando soluções.
Por outro lado quando do encerramento de serviços importantíssimos para os olhanenses, como a EDP, a PT, etc., não há notícia de tentativas de evitar que isso aconteça.
Onde está a política de estratégia do Eng Leal para a economia de Olhão???Conhecem-se algumas medidas para tentar evitar a destruição da indústria, da pesca, da agricultura????
A CDU e o PCP apresentam propostas para discussão nos órgãos onde estão eleitos, mas a maioria Socialista, vota sistematicamente contra.
Mas a CDU e o PCP não desistem nem deixam de acreditar que é possível uma vida melhor para os Olhanenses. Temos propostas para a nossa terra. Estamos dispostos a discuti-las. Este é um ano decisivo. Podemos alterar este cenário, assim os Olhanenses o queiram.
O PCP emitiu há dias uma série de medidas de cariz de esquerda verdadeiramente Socialista.
Estas medidas servem de base a um contra-ataque efectivo ao Capitalismo que está a fazer desmoronar as Conquistas de Abril, e que afectam cada vez mais a população nos nossos Bairros, Aldeias, Vilas e Cidades...
Medidas urgentes de combate à crise
Face ao continuado agravamento das condições de vida dos trabalhadores e do povo, o Comité Central do PCP reitera como aspecto central de uma efectiva resposta à crise, a ruptura com a política de direita e a exigência de construção de uma política alternativa de esquerda.
O Comité Central do PCP reafirma que «Sim, É possível uma vida melhor» concretizando uma política que tenha como principais objectivos a melhoria das condições de vida dos trabalhadores e da população, uma justa distribuição da riqueza, a dinamização da actividade económica, a criação de emprego e defesa dos postos de trabalho, o reforço do papel do Estado na economia e a disponibilização de condições e meios para a intervenção do poder local, a dinamização e protecção do mercado interno e apoios às micro pequenas e médias empresas, um forte incremento do investimento público e privado, um combate persistente aos défices estruturais do País e a defesa da soberania nacional.
O Comité Central do PCP, no seguimento das conclusões da sua reunião de Outubro de 2008 sobre a crise do capitalismo, bem como das propostas e reflexões adiantadas na Conferência Nacional sobre Questões Económica e Sociais e no XVIII Congresso, defende as seguintes medidas, no plano económico e social, com carácter de urgência, e lutará pela sua concretização:
Para dar resposta aos gravíssimos problemas sociais, defender o emprego e os direitos dos trabalhadores e das populações:
O aumento dos salários, incluindo o aumento intercalar do salário mínimo nacional, e das pensões (designadamente revogando o factor de sustentabilidade) para combater as muitas dificuldades com que milhares de trabalhadores e reformados estão confrontados, contribuir para o aumento do consumo, para o alargamento do mercado interno e para o estímulo às micro, pequenas e médias empresas.
A revogação dos aspectos negativos do Código do Trabalho e a defesa do trabalho com direitos.
O reforço imediato das prestações sociais do Estado, em particular, aos trabalhadores atingidos pelo desemprego alargando os critérios da atribuição do subsídio e aumentando o tempo de duração do mesmo.
A fiscalização rigorosa do recurso ao lay-off, combatendo abusos do patronato, violações dos direitos dos trabalhadores e a redução dos salários.
A revogação das leis laborais da administração pública, que promovem o despedimento encapotado e agravam a situação financeira de milhares de trabalhadores. A ruptura com a política de diminuição de trabalhadores nos serviços públicos, garantindo a substituição nas saídas e aposentações e a promoção de uma política nas empresas detidas pelo Estado que promova o emprego com direitos.
A implementação de um plano nacional de combate à precariedade, com o accionamento de medidas de fiscalização e o estrito cumprimento da disposição constitucional de que a um posto de trabalho permanente corresponda um vínculo de trabalho efectivo.
A interrupção do processo de descapitalização da segurança social, mantendo as transferências para o respectivo fundo de estabilização financeira, transferindo do orçamento do Estado as verbas necessárias para custear as medidas de resposta à crise e melhorando os critério de contribuição, designadamente com a consideração do valor acrescentado bruto das empresas.
Para dar resposta à situação das micro, pequenas e médias empresas e salvaguardar o aparelho produtivo nacional e defender o emprego:
A determinação do congelamento ou redução dos preços na energia, nas telecomunicações e nas portagens (sectores hoje detidos em grande medida pelos grupos económicos e financeiros) por forma apoiar os factores competitivos do tecido produtivo nacional.
A adopção de uma orientação de negociação de acordos para pagamento das dívidas ao fisco e à segurança social das micro, pequenas e médias empresas ao Estado, de modo a contribuir para a sua viabilidade e a manutenção dos seus postos de trabalho.
Eliminação do Pagamento Especial por Conta para as pequenas empresas, a extensão do «IVA de caixa» a todos os contratos de aquisição de bens e serviços pelo Estado qualquer que seja o seu valor e o encurtamento dos prazos de reembolso do IVA.
A imediata concretização do plano de pagamentos das dívidas do Estado às pequenas e médias empresas.
A defesa da produção nacional face a exportações agressivas ou de dumping pelo recurso sistemático do controlo e fiscalização das mercadorias importadas, com a reclamação de cláusulas de salvaguarda sempre que necessário.
O cancelamento das privatizações em curso e a criação de condições para o controlo de grandes empresas dos sectores estratégicos no plano nacional, particularmente na energia, nas comunicações e nos transportes por via de nacionalização ou negociação adequada.
Para defender a agricultura e as pescas da ofensiva em curso:
A intervenção do Estado na redução dos custos dos factores de produção: combustíveis, adubos, rações, taxa da água e outros.
A intervenção directa no mercado de alguns produtos agropecuários: azeite, leite, vinho, cortiça, madeira.
A agilização da aplicação dos fundos comunitários às explorações agrícolas familiares e às pescas.
Para impulsionar o investimento público como elemento estruturante no combate à recessão económica:
O reforço dos meios financeiros das autarquias para um rápido investimento público com reflexos no curto-prazo nos planos do emprego e no apoio às MPME.
A dinamização do investimento público da administração central dirigida ao estímulo da economia local e dos sectores económicos a ele ligados.
O reforço, o desbloqueamento ou antecipação de verbas comunitárias destinadas ao apoio aos sectores produtivos nacionais.
Para a adopção de uma outra política de crédito que responda aos problemas mais urgentes:
A intervenção do Estado por via da Caixa Geral de Depósitos para a rápida concessão de crédito e seguros de crédito às micro, pequenas e médias empresas, bem como, a outras situações onde esteja em causa o interesse nacional.
O accionamento de medidas junto do sector financeiro com vista à fixação administrativa dos limites máximos das margens (spread), das comissões, das taxas de juro, e das condições de acesso ao crédito por parte das empresas e particulares.
O impedimento da tomada de posições do capital estrangeiro em sectores estratégicos da banca nacional, e a assunção pelo Estado de um papel dominante no sector.
Dirigindo-se a todos aqueles que são atingidos pelo desemprego, pela precariedade, pelos baixos salários, pela falta de rendimentos, pelo estrangulamento imposto pelas dívidas à banca, pela perda de poder de compra, pela ruína das suas pequenas empresas, pelas injustiças sociais, o Comité Central do PCP afirma que o país não está condenado à política de direita, que há outro caminho e outra política capaz de responder aos problemas do presente e construir um Portugal com futuro. Com a luta dos trabalhadores e do Povo português, com um PCP mais forte, sim, é possível, uma vida melhor!
música: NEL ASSASSIN ft Sam The Kid, Sagas- "O Ideal"